Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 19 de março de 2012

Este é o Slash, e é o meu ídolo.
Eu sonhava que ele viesse actuar a Capital Europeia Da Juventude em Braga neste presente ano, mas parece que tal não vai ser possível, mas fica aqui os votos de que ele venha a Portugal com a certeza de que eu estarei la para o ver.
Filipe Apolinário.

Irmã

Dedico este Post a minha irmã Diana Moreira, porque esta musica tem qualquer coisa que nos une, e quando não falamos algum tempo, eu ouço esta musica e é como se ela estive-se ao meu lado.
Amo-te sempre irmã <3

Adele uma estrela normal.

Nascida há 21 anos em Tottenham, no Norte de Londres, a mulher que temos ouvido em tudo o que é rádio e televisão, ao longo deste ano, adora Etta James e Aretha Franklin, mas também não tem problemas em assumir o prazer que retirava, em adolescente, de escutar as super-baladas das especialistas do género. "Era uma miúda do indie mas depois ia para casa ouvir a Celine Dion às escondidas. Ela é que tem baladas como deve ser!", confessou ao The Independent.
A atração de Adele por uma certa maneira "antiga" de fazer as coisas estende-se à forma como vive o seu papel de figura pública, recusando-se a participar no jogo do estrelato e a revelar mais do que estritamente necessário. O que sabemos, então, de Miss Adkins, uma das jovens mais ricas do Reino Unido e uma das raríssimas britânicas a conseguir brilhar nos Estados Unidos, onde até já venceu dois Grammys? A própria conta que é uma "menina da mamã". "A minha mãe ficou grávida de mim numa altura em que devia estar a entrar na universidade, mas escolheu ter-me a mim. E nunca, nunca me lembra isso", explica com gratidão, ao Scotland on Sunday. "A minha mãe é o amor da minha vida", elabora. "É honesta, aberta e apoia-me sempre. Eu era daquelas crianças que dizem: quero ser bailarina! Não, saxofonista. Não, menina do tempo. E a minha mãe levava-me para essas aulas todas. Dizia-me sempre: faz o que quiseres. Se estiveres feliz, eu também estou". Aos 39 anos, a mãe de Adele voltou a viver com a filha na casa comprada após o sucesso. "Tinha saudades dela", justifica a filha pródiga. "Gosto de a ouvir e de ter alguém que me faça um chá quando estive muito tempo longe de casa".
Foi a mãe de Adele, Penny, que a levou a ver o seu primeiro concerto - a banda eram os Cure, uma "obsessão" até aos 9 anos. Seguiram-se paixões pelas Spice Girls (com quem aprendeu o poder de "união" da música), pelos Korn e pelos Slipknot, ou por Mike Skinner, aka The Streets, a quem chegou a escrever uma carta de amor. Ao entrar na mesma escola de artes onde Amy Winehouse e Leona Lewis estudaram, Adele passou de fã a artista; as primeiras canções, divulgou-as numa revista modesta, mas não foi preciso esperar muito tempo para que a editora indie XL reparasse no vozeirão da adolescente e lhe oferecesse um contrato. Desconfiada, Adele compareceu à primeira reunião com um amigo.
Poucos anos e dois álbuns depois, Adele é o grande trunfo pop de uma editora que representa bandas como Radiohead ou Sigur Rós. Ao primeiro disco, as comparações com Amy Winehouse não impediram 19 (idade da cantora à época) de se tornar um gigantesco sucesso, tanto em Inglaterra como nos Estados Unidos. A diáspora americana poderá ser um capítulo da máxima importância para Adele: a sua carreira disparou do outro lado do Atlântico depois de uma atuação no Saturday Night Live, vista por 17 milhões de pessoas. No dia seguinte, 19 escalou os topes de vendas "yankees", num frenesim que culminou na vitória de dois Grammys e na colaboração com Rick Rubin, o super-produtor rock, que se ofereceu para coproduzir o novo 21 .

Aparentemente inspirado pela música country que Adele descobriu no rádio do autocarro de digressão, nos Estados Unidos, o segundo disco da inglesa continua a brilhar, meses depois da edição, não só nos topes de todo o mundo como no Livro de Recordes do Guiness, pelo volume de vendas que já não se usa (mais de 10 milhões de pessoas, o correspondente à população de Portugal, já compraram 21 ). O segredo reside, diz-se, na honestidade com que Adele oferece ao mundo estas canções escritas após a dolorosa separação de um homem 10 anos mais velho. "Não seria capaz de escrever uma canção como "Someone Like You" e dá-la a outra pessoa para ser ela a cantá-la, porque é demasiado pessoal. Era como dar o meu coração", compara. Preocupações legítimas de quem garante que andar na estrada lhe dá ansiedade (e, ocasionalmente, vontade de vomitar) e que o melhor cenário para apresentar a sua música é uma sala com não mais do que duas mil almas atentas e silenciosas. "Adoro ouvir o meu público a respirar", ilustra.

Texto de Lia Pereira, originalmente publicado na BLITZ 64, edição de outubro de 2011